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Paulo Sasaki & Consultores Associados
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Análise - Introdução
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Os Aymara são um povo nativo dos altiplanos dos Montes Andinos da Bolívia, e tem uma visão que é única, dentre os povos conhecidos.
Eles chamam o futuro de "qhipa pacha/timpu", que significa atrás, e o passado de "nayra pacha/timpu", que significa a frente. E eles gesticulam para a frente enquanto se lembram de coisas passadas, e para trás quando falam do futuro.
Os porta-vozes Aymara consideram a diferença entre o que é conhecido e não-conhecido como de suprema importância, e o que é conhecido é o que você vê em sua frente, com seus próprios olhos.
O passado é conhecido, portanto ele está à sua frente ("nayra", ou "passado", significa literalmente "olho" ou "visão", assim como "frente"). O futuro é desconhecido, por isso ele está atrás de nós, onde não podemos ver.
Musicos Aymara em Uyuni, Sul da Bolívia
Foto de Juan Karita
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"... e tomando por base os resultados das minhas análises estatísticas, as quais englobam dados de quase 1.000 dias, posso afirmar, com segurança, que tenho um futuro maravilhoso à minha frente, seguro e confortável, no qual serei muito bem tratado e alimentado com fartura, com todas as minhas necessidades devidamente atendidas..."
Afirmação de um peru, na ante-véspera do Dia de Ação de Graças
(Baseado no exemplo de Nassim Nicholas Taleb, em seu livro "A Lógica do Cisne Negro)
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Sob sua ótica mais ampla, todas as formas de análise de dados se baseiam em trabalhos estatísticos, os quais podem ser divididos em dois grandes grupos: correlacionais ou experimentais.
Nas análises correlacionais, as pesquisas são feitas com ferramental matemático, sobre dados já existentes, e, portanto, sem interferências do pesquisador nos mesmos. Já nas experimentais, como o próprio nome diz, o pesquisador causa alterações nos dados iniciais, de forma a observar o resultado obtido, as variâncias e repetições dos mesmos, e dai tirar conclusões para a formulação de um modelo.
Portanto, como já entendiam os Aymaras, o futuro é invisível para nós, e nenhuma forma de análise é capaz de prevê-lo com segurança, uma vez que estaremos, sempre, expostos aos efeitos de variáveis imprevisíveis.
O estudo "Prevendo o Imprevisível" (Sebastian Reich - Departamento de Matemática - Universidade de Potsdam - 2012), é um entre muitos exemplos das tentativas feitas para minimizar essa constatação. Entretanto, ele conclui com a consideração de que o acontecimento "imprevisto" caracteriza um "estado de erro" do modelo, e o desqualifica, assim como a eliminação dos "outliers" (dados aberrantes ou atípicos), faz parte da fase de preparação de dados tradicional para a análise.
Portanto, quaisquer resultados providos por uma análise preditiva de dados devem ser tratados como inferências Bayesianas, ou seja, como uma hipótese teórica, a qual deve ter seus resultados confirmados, seus "outliers" rejeitados ou acolhidos como verdadeiros, invalidando o modelo.
Para fins de estudo, recomendo a página "https://www.statsoft.com/textbook", bastante completa sobre o ferramental estatístico básico de que dispomos hoje, assim como o livro "A Lógica do Cisne Negro", citado acima, a respeito da imprevisibilidade.
Creio a narrativa desta constatação possa ser encerrada com as seguintes citações do documentário "A Vida Secreta do Caos" (BBC Documentary - 2013):
Professor (Matemática e Física - Universidade de Oxford) Lord Robert May: "...pode-se dizer que regras ou equações muito simples, sem nenhuma aleatoriedade nelas, completamente determinadas, ou seja, a respeito das quais se sabe tudo, podem produzir resultados altamente imprevisíveis"
Professor (Física Teórica - Universidade de Surrei) Jim Al-Khalili: "Um sistema que é completamente descrito por equações matemáticas conhecidas, é mais que capaz de se tornar imprevisível, sem qualquer interferência exterior" - sobre a definição cientifica de caos.
Análise - Introdução